E esse medo

que sempre aparece quando eu conheço você. Você ou aquela sua amiga. Ou a guria de semana passada. Talvez esse moço aqui me chamando insistentemente pra sair. 

Ao contrário de uns dois anos atrás, que eu tinha medo de me apaixonar, hoje tenho medo de que você se apaixone. É cilada, vai por mim. E olha que eu tenho estrutura para suportar tamanho evento e posso te entreter daqui até a eternidade, mas falta vontade. 

Falta vontade de compromisso. Vontade da responsabilidade. Vontade de você. Vontade de todo mundo lá fora.

Mas nem todas as vontades estão ausentes: eu tenho vontade de mim e me apaixono a cada dia mais. Me apaixono pelo meu sorriso que aparece sem precisar estar com alguém, pela imagem refletida no espelho e admiro cada dia mais o meu caráter. Tem coisa melhor?

Digamos que estou me namorando. Perdidamente apaixonada e a consequência disso tudo é não ter olhos para ninguém e, por mais interessante que a pessoa pode ser, eu só tenho olhos pra mim. Eu sou a prioridade. 

É importante ressaltar que isso não é tão radical assim. Vez ou outra me pego admirando alguém, me enlaçando no seu sorriso e desejando estar com ela. Ás vezes, passa de desejo e até rola uns beijos ou algo a mais. É tipo uma traição ao meu namoro, mas assim pode, né? 

Essa é a vantagem de ter meu próprio jogo. As regras também são minhas.

Parece confusa, mas é a melhor fase da minha vida. A melhor mesmo. Sem tirar, nem por. Me julgo confusa às vezes, mas logo passa quando me dou conta do tamanho da felicidade e orgulho que sinto de mim.

Felicidade e orgulho do amor mais lindo que eu poderia (e consegui!) ter conquistado: o próprio.