Não sei qual título colocar e vou deixar assim

Não me lembro do dia exato em que tomei gosto pela escrita, mas sei que foi há muito tempo. Eu até achava que todas as pessoas seguem esse caminho de conseguir expressar seus sentimentos redigindo textos de cinco ou trezentas linhas, mas resolvi aceitar que algumas não gostam. Talvez tenham o dom de cantar. Dançar. Atuar. Pintar. Sei lá.

Ainda assim eu não acho que esse seja o meu dom. Na minha opinião de princesa, um dom só é um dom quando você faz aquilo desde sempre e faz muito bem. Eu escrevo desde muito pequena mas não é, necessariamente, bem. Eu só consigo ir pensando e escrevendo simultaneamente, sabe? Tipo ir colocando no papel tudo o que se passa nessa cabecinha de Jeová. Se vai ficar bom, aí é outra história. 

Nunca me esqueço do dia em que postei um texto aqui no blog escrevendo desse jeitinho de sempre e uma anônima veio falar merda pra mim. Acho que eu tinha escrito a palavra "zuada" no meio da postagem e ela veio me dizer que eu não deveria escrever assim. E que deveria ser mais profissional, formal e escolher melhor as palavras que eu usaria.. ai, que preguiça. Não preciso nem dizer que eu nem me importei e continuei sendo euzinha, né?! 

Inclusive eu acho isso muito legal. Muitas pessoas dizem que leem meu blog imaginando euzinha falando, com a minha voz e o meu jeitinho. Tem coisa melhor? Não, não tem. Só quem escreve sabe o quanto isso é fucking gratificante. Essa é a alma do bagulho: personificar todas as palavras em exatamente quem eu sou. Até com as vírgulas e o ponto final. 

Sei que ás vezes escrevo palavras soltas, desconexas, loucas e até infantis, mas eu gosto de escrever assim. Eu encaro como uma forma leve (e até engraçada) de expressar coisinhas simples que acontece nessa minha vidinha sofrida. 

Gosto de compartilhar tudo o que sei e aprendo todos os dias da minha vida. 

Tipo cair de um penhasco e escrever alertando outras pessoas. Ou narrar a experiência para quem tem medo de cair também. Contar as minhas derrotas, vitórias e até as vergonhas. Sem medo, sem pudor, sem censuras. 

Afinal, esse é o único espaço em que eu posso falar por horas sem ser interrompida. E de ouvir uma opinião apenas se eu clicar em "comentários". Parece magia, mas é só uma questão de escolha. Assim como você escolheu ler até aqui ou foi tão rápido que nem percebeu. Assim como escolherá ler os outros textos ou não voltar nunca mais (aí eu vou chorar). 

Se você chegou até aqui, te peço desculpas. Esse texto não tem sentido algum e talvez não agregue nadinha. É mais pra mim mesmo. Normalmente eu escrevo, deixo nos rascunhos e depois apago. Sempre acho que fica ruim ou longo demais, mas vou postar esse e engolir a falta de sentido. 

É.. não sei mais o que falar. Super contraditório escrever um texto sobre amar escrever e não ter mais o que falar, né?! Mas essa sou eu: a contradição em pessoa. Bom, vou parar por aqui. Prometo que os próximos terão mais sentido.